Numa dessas idas incertas, encontrei o Lector in Fabula e conheci um outro selo, do qual gostei
Este selo é mais que uma brincadeira. É um desafio muito legal.
Pedi e ganhei o selo.
Entrei no desafio, que para mim é bem difícil.
Já me explico por quê: adoro ler e ando sempre com um livro para cima e para baixo. Um no mínimo. Esse é o problema. Começo uns 5 ou 6 ou mais livros de uma vez. E cada vez que algo ou alguém, me sujerem um novo, vou atrás e compro e inicio. Além disso, tenho uma vida prá lá de agitada e adoro uma porção de coisas: correr, sair, papear, ler blogs, conversar neles, a partir dos comentários de que gosto entrar e conhecer outros blogs, trabalhar, fazer bebês nascerem, conversar interminavelmente...
Então, por conta disso, esse desafio torna-se realmente isso. Uma coisa que tenho que me dar forças para cumprir.
Vamos ver se consigo.
Janeiro terminou e eu consegui terminar o primeiro livro.(Enquanto os ouros cinco começados vão indo, sendo lidos).
Esse que terminei é até covardia.
É um livrinho pequenininho (mesmo, tem 10/7cm) e é, no dizer de um outro leitor, um mimo.
O autor é Mayrant Gallo, bahiano de Salvador, poeta e contista.
O mimo tem 18 contos quase policiais, quase fantásticos. Todos curtinhos e maravilhosos.
Você começa a lê-los despretensiosamente e fica completamente presa no pequeno volume de 120 páginas. Deliciosa prisão. Pequenas histórias que sugerem mais que contam, grandes histórias. O leitor entra num mundo fantástico de muitas dimensões. A real é a mais incrível delas.
O livro foi um presente que ganhei do autor, que conheci aqui, pois ele tem um blog com o desafiante nome de: Não Leia!
Graças a Deus sempre fui teimosa como uma mula e a melhor maneira de me fazer fazer alguma coisa sempre foi, dizer-me para não fazê-la. E descobri assim, um blog literário excelente e um escritor, poeta e contista brasileiro, com alma nórdica, e espírito brilhante de cuja existência jamais suspeitaria.
Dele também o próximo livro que já comecei, publicado pela Cosac & Naify: O Inédito de Kafka, também de contos, e outro de poesias que li ano passado: Recordações de Andar Exausto.
Para dar aguá na boca e alimentar a curiosidade aí vão os nomes dos contos, e um trexo do conto que dá nome ao livro:
Esqueleto/A derrota/A última cena /O espelho/O intruso/Solidariamente/Um natal/O gato de dois rabos/Um braço na noite/Cabelos/A felicidade/Dizer adeus/Não fui eu/O amor não escolhe/Manhã simples/Vida nova numa enorme casa/Chuva/Mãos dadas.
...
-O que é pior para você? - perguntou ao amigo - Esquecer uma mulher que amou ou não ter em seus braços uma outra que ama, que deseja? Ou ambas as situações são idênticas, de uma melancolia insuportável?
...