quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Empréstimo

Antes de dormir, quem sabe, finalmente, um último olhar para esse novo mundo e meus novos amigos.
Um dos meus cantinhos preferidos: O Caderno de Saramago.
Espero que ele não se importe. Teria pedido se fosse possível, e eu soubesse como.
Aliás, tenho uma amiga que tem convite e vai ao evento de lançamento do novo livro dele - A viagem do Elefante - em Sampa. Que inveja! Eu adoraria.

Ontem ele falou da tristeza que se abate na minha querida terra natal: Santa Catarina. Itajaí, Blumenau, Balneário Camboriú, amigos, parentes, conhecidos, queridos desconhecidos, todos abraçados, assustados, num grande cataclisma. A natureza seguindo seu curso a despeito de todas as intervensões do homem. Ou mesmo a propósito delas.

Hoje ele fala de nós, dos blogs. Sei que sei o que ele diz. E me senti parte de um grande mundo.

A página infinita da Internet

By José Saramago

Acabamos de sair da conferência de imprensa de São Paulo, a colectiva, como dizem aqui.
Surpreende-me que vários jornalistas me tenham perguntado pela minha condição de blogueiro quando tínhamos atrás o anúncio de uma exposição estupenda, a que é organizada pela Fundação César Manrique no Instituto Tomie Ohtake, com os máximos representantes e patrocinadores, e com a apresentação de um novo livro à vista. Mas a muitos jornalistas interessava-lhes a minha decisão de escrever na “página infinita da Internet”. Será que, aqui, melhor dito, nos assemelhamos todos? É isto o mais parecido com o poder dos cidadãos? Somos mais companheiros quando escrevemos na Internet? Não tenho respostas, apenas constato as perguntas. E gosto de estar escrevendo aqui agora. Não sei se é mais democrático, sei que me sinto igual ao jovem de cabelo alvoroçado e óculos de aro, que com os seus vinte e poucos anos, me questionava. Seguramente para um blog.

Nenhum comentário: