quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Caminho

Só, pelas ruas caminho sem destino.
Só, pela vida sigo em frente, sempre.
Só, em meu coração aqueço os que passam.
Pinto matizes coloridos na minha, nas nossas vidas.
Brilho sorrisos e olhares sedutores.
Apaixono estórias com finais tristes e felizes.
Canto desafinada a canção do tempo.
Brinco adulta, adulterando a ordem dos fatores da vida.
Atropelo a luz do pensamento.
Com o corpo livre danço o som bemol maior do teu olhar.
Recebo-te.
Abrigo-te.
Abrigo-me no amalgama quente que penetra nosso gozo.
Colho o fruto e como-o ávida,
Acariciando a flor que fenece para fechar o ciclo
e iniciar o novo.
Abanada no Adeus.

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