terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Intervalo

Sentou-se com o lap top ao lado, na diagonal.
Na sua frente o prato do dito almoço. De dieta, nem "rozcovo", comida russa como dizia a prima, era permitida.
Tinha misturado o que tinha. Algumas tiras tricolores de pimentão. Alguns tomatinhos. Queijo Cottage. 2 ovos estalados na Tefal. Sem gordura. O azeite forte com alho, gengibre e pimenta branca. Uma pitada de sal outra de pimenta preta.
Almoço frugal.
Às 15:30h.
Sacrifícios da idade. Do trabalho. Do tempo exíguo.
Comeu sem muita atenção.
Fixada na tela do computador.
Viajou rapidinho aos espaços mais próximos e voltou ao seu.
Alheiamente concentrada (paradoxo para ela sem nenhum mistério) tentou encontrar alguma coisa inteligente, interessante, engraçada, qualquer coisa para digitar.
Registrar.
Dar sinal de vida pensante.
Ao menos para si mesma.
Não conseguiu.
O tempo fugiu enquanto todas as idéias se atropelavam para tentar formar uma linha.
O telefone tocou.
A hora chegou.
Foi fazer o que tinha que ser feito.
Talvez mais tarde.
À noite.
Amanhã.

Imagem: Esperanza>Piezas de puzzle - Jigsaw pieces

14 comentários:

Terráqueo disse...

Com sempre adoro o seu texto. Tão moderno e sútil.

Abraço,

Terráqiep

Claudia Bertholdo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Claudia Bertholdo disse...

Marie!!
Que bom ter notícias tuas!!
Teus textos deliciosos como sempre...
beijos:)

Caio Rudá de Oliveira disse...

essa tua poesia é tão tua...

Silvestre Gavinha disse...

Terraqueo, Claudinha e Caio Rudá, vocês são muito gentis e me deixam toda " se achando" com seus Doces comentários.

Silvestre Gavinha disse...

Terraqueo, Claudinha e Caio Rudá, vocês são muito gentis e me deixam toda " se achando" com seus Doces comentários.

Karla Santos disse...

Dá vontade de ler mais, Marie. Saber o que vem depois.

beijos

p.s.: E adorei o rozcovo!

O Neto do Herculano disse...

O tempo
costuma
escapar
por entre
os dedos

Karênina Michelle disse...

Muito bom! Adorei seu blog.
Se quiser me fazer uma visita, serei eternamente grata.
Continuarei vindo aqui, viu?!
Obrigada pelo gostinho de quero mais.

bjos.

Carla Maria Forlin disse...

azeite não é mais gordura!!!!!!!!!!!!
eba!!!!!!!!!!
haha
A mente engenheira ressurgiu, Deus nos livre a todos.

mas sério, amei, pra variar
beijos mil

Gregorio Omar Vainberg disse...

porque me pedem uma senha para entrar???

você tranca a porta?

Um abraço

Silvestre Gavinha disse...

Karla, o que veio depois, foi pro outro post.

HNETO o tempo sempre escorre.

Karen, seja sempre bem vinda. Já te disse isso em teu próprio blog.

Carlinha, adoro sua mente engenheira letrada e o humor advindo dessa combinação

Gregório, não tenho a mínima idéia do que falas. A porta está sempre aberta.

Marie

Gregorio Omar Vainberg disse...

Eu vi, pero cada vez que abro alguma coisa do seu blog , aparece uma janelinha pedindo usuario e senha.
de qualquer maneira, fechando-a poso seguir.

Um abraço

Karênina Michelle disse...

Que precisão, menina!!!
Me coloquei em sua estória e pensei comigo: que vida corrida tenho, pq n respirar?
Amo ler este seu cantinho aqui, viu! Adoroooooo!