segunda-feira, 17 de março de 2008

Manhã

Andando pelo parque ela observava ao redor e pensava em sua vida.
A temperatura estava amena, um daqueles dias de inverno em que a primavera parece querer se fazer lembrar.
O ar tinha o perfume suave da vida que se anima com o calor inesperado e ameça brotar cheia de alegria.
O céu tingia-se de sobre-tons de rosa ao dourado, que iam se desvanecendo até chegar ao azul infinito no alto da abóboda, onde as nuvens não alcançavam.
O sol se esparramava por detrás da encosta verde, acariciando as árvores e indo mergulhar nas águas do lago, naquele dia plácidas como um espelho a espera de Narciso.
Como era belo aquele lugar, ela pensou. Como amava tudo aquilo!
Era o momento mais suave do seu dia.
Nunca abria mão de sua caminhada diária e do que ela representava - momentos únicos de encontro consigo mesma.

Um comentário:

Anônimo disse...

A beleza está na simplicidade, cada vez mais acredito nisso.
Na escrita, a simplicidade é muito mais do que a fonte da beleza.
São raros (e para mim são os melhores) os que sabem transformar algo simples em bela poesia.
Sempre fui sua fã, agora sou mais ainda da escritora que conheci.
Viviane